O português é um idioma muito rico e muito bonito. Mas também é cheio de pegadinhas e interpretações dúbias que desencadeiam dúvidas até nos nativos da língua.
É normal, por exemplo, se questionar sobre a forma correta: para-brisa ou parabrisa?
Esse é um substantivo masculino que se refere a parte dianteira de vidro de um veículo.
O para-brisa ou parabrisa tem a intenção de manter o condutor protegido contra chuva, poeira e objetos diversos, ao mesmo tempo em que permite a visibilidade necessária para direção do veículo.
Mas, a grande questão aqui é com relação à hifenização da palavra.
As pessoas se confundem na hora de escrever e muitas não sabem como redigir corretamente, principalmente após o Acordo Ortográfico firmado em 2013.
Qual é a forma correta: para-brisa ou parabrisa?
A forma correta de escrever essa palavra é para-brisa, usando o hífen para separar os termos.
Mesmo com as mudanças sofridas no idioma com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, para-brisa se manteve nessa estrutura.
Sobre o acento agudo
As pessoas mais atentas podem também se questionar se a palavra não deve levar o acento agudo no primeiro “A”.
De fato, antigamente a palavra “para” recebia um acento para fortalecer a sílaba.
Porém, essa é a mudança do Acordo Otográfico que recaiu sobre para-brisa.
A nova norma prevê a queda do acento agudo diferencial para a forma verbal para.
Antes, então, escrevíamos “pára-brisa”. Porém, agora a forma adequada segundo a norma culta da língua é “para-brisa”, com hífen e sem acento.
ANTES: pára-brisa (ERRADO)
ATUAL: para-brisa (CORRETO)
O hífen no Novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa
O Novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa trouxe uma série de mudanças importantes para o idioma.
Isso acabou confundindo muitas pessoas, até mesmo aquelas que trabalham com criação textual.
No caso do hífen, o acordo aboliu o seu uso em várias situações.
A regra de manutenção é: o hífen deve ser usado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a próxima palavra.
Veja alguns exemplos:
- Micro-ondas;
- Contra-ataque;
- Anti-inflamatório;
- Sobre-exaltar;
Além disso, também é obrigatório o uso em situações que a segunda palavra começa com “H”.
Veja os exemplos a seguir:
- Contra-habitual;
- Anti-higiênico;
- Sobre-humano;
- Extra-hospitalar;
Nessas situações obrigatoriamente deve-se usar o hífen.
Mas quando falamos em para-brisa ou parabrisa, o hífen não está incluindo na regra e, portanto, não deve ser utilizado.
Você pode gostar também de:
Sobre a noção de composição
Existe outra situação que pode ajudar a esclarecer quando usar e quando não usar o hífen na construção de uma palavra.
Existe uma coisa chamada de noção de composição.
Esse conceito compreende que em alguns casos a noção das palavras separadas foi perdida.
É o caso, por exemplo, de paraquedas. Anteriormente ao acordo, essa palavra levava o hífen.
No entanto, com o surgimento da regra entendeu-se que as palavras funcionam melhor para compreensão quando estão juntas.
Por isso a forma correta de escrever hoje é paraquedas.
A língua portuguesa é mesmo muito complexa.
No entanto, aos poucos você consegue absorver mais informações e vai entendo melhor a construção do idioma.
Agora você já sabe que entre para-brisa e parabrisa deve sempre optar pela hifenização, pois o substantivo é composto e inclui o uso de duas palavras que possuem compreensões individuais.
Compartilhe essas dicas nas redes sociais!