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língua Espanhola – entenda as diferenças

A língua espanhola no mundo. Você já pensou na importância deste idioma?

A língua espanhola é a 3ª língua mais falada no mundo e a segunda mais escrita, com cerca de 329 milhões de falantes nativos.

No início, era falado apenas na Espanha, mas eventualmente essa língua tão importante viajou para o México e a América do Sul como uma necessidade de interações entre a Espanha e esses continentes nos tempos coloniais.

Todos os dias no mundo, mais de 500 milhões de pessoas falam espanhol como sua primeira ou principal língua. Isso é mais do que toda a população da Europa e da Oceania juntas.

O espanhol não é apenas uma das línguas mais faladas no mundo, é também uma língua oficial em mais de 20 países em quatro continentes.

Alguns países latino-americanos com alto número de falantes de espanhol são: Argentina, Colômbia e Peru.

Quais as origens do espanhol

Vamos voltar bastante no tempo agora. O espanhol, assim como o português, teve sua origem no latim vulgar.

A língua espanhola nasceu aproximadamente no século IX, quando o latim evoluiu gradualmente para o que hoje conhecemos como espanhol antigo. O espanhol antigo cresceu do latim a um ponto em que se tornou uma das principais línguas da Europa.

Nesse sentido, a formação desse idioma pode ser dividida em três períodos: medieval ou castelhano antigo (séc. X – XV), espanhol moderno (séc. XVI-XVII) e espanhol contemporâneo (datado da fundação da Real Academia Espanhola até os dias de hoje).

Trata-se, portanto, de uma língua românica, proveniente da alteração do latim após as invasões bárbaras e muçulmanas.

Hoje a língua espanhola é uma força geopolítica e econômica dominante nos cinco continentes, mas continua sendo difícil identificar a origem do vernáculo espanhol.

O espanhol como o conhecemos hoje tem sua origem em séculos de influência de muitas fronteiras, línguas e culturas que convergiram nos tempos medievais. Seu uso se expandiu para fora da Hispânia metropolitana, pois outras nações européias encontraram importância nele, especialmente no que diz respeito ao comércio internacional.

Podemos ressaltar aqui que, apesar de a base da maioria das palavras espanholas serem derivadas do latim, algumas são provenientes de outras línguas pré-latinas como o grego, o celta ou o euskera.

Ao final do século XV, houve a unificação dos reinos – que hoje formam a Espanha – e então o espanhol foi adotado como língua oficial do país em 1492.

Neste ano, os espanhóis se lançaram à aventura das grandes navegações e chegaram ao continente americano.

Como consequência deste fato, o idioma se expandiu pelo novo continente, sofrendo posteriormente inúmeras modificações ocasionadas por questões culturais, geográficas e sociais de cada região, pela coexistência de línguas indígenas locais e pelas particularidades de seus próprios falantes, em sua maioria imigrantes e soldados.

A formação da língua espanhola foi, portanto, uma tentativa de uniformizar o idioma no país. No entanto, apesar dessa iniciativa, é bom lembrar que o espanhol não é a única língua falada na Espanha.

Quais são os outros idiomas falados na Espanha

Na região da Catalunha – catalão – também falado em Valência, mas lá é denominado valenciano e, nas Ilhas Baleares, chama-se mallorquín;

Na região da Galícia – galego – muito semelhante ao português;

No país Basco e em Navarra – basco, também chamado de euskera;

Existem também inúmeras outras variações e dialetos derivados da língua oficial, como o andaluz, o canário, o murciano, o extremeño (extremenho) e ainda dialetos não oficiais como por exemplo, o bable e o aragonês, nas Astúrias.

Essas línguas e dialetos, sejam eles considerados oficiais ou não, são de grande importância para a representatividade da população local dessas regiões e, mesmo sendo vistos como segunda língua pela maioria da população, em muitos lugares, são até mesmo mais utilizados que o espanhol ‘padrão’.

Vamos passar agora para um tema polêmico que ainda causa muita confusão.

Espanhol x Castelhano: existe diferença?

Muitas pessoas ainda pensam que espanhol e castelhano são línguas completamente diferentes, mas essa é uma ideia totalmente errada. Segundo o dicionário normativo da Real Academia Espanhola (DRAE), eles são termos sinônimos.  

Do ponto de vista linguístico, portanto, não há nenhum problema em chamar a língua de espanhol ou de castelhano,

Apesar de esses termos terem surgido em épocas diferentes, suas regras gramaticais, vocabulário e grafia são oficialmente as mesmas.

A denominação ‘castellano’ é mais antiga e remonta ao Reino de Castela, uma grande potência durante a Idade Média, como já vimos acima.

Já o vocábulo español tem origem no latim medieval Hispaniolus.

Esse termo latino foi cunhado pelos romanos, que chamavam a Península Ibérica de Hispânia.

Dessa forma, o uso do termo espanhol ou castelhano para definir o idioma é muito mais uma questão política do que linguística.

O termo castelhano é mais usado entre os nativos da América do Sul, por se tratar do termo utilizado pelos primeiros ibéricos que chegaram à América e impuseram esse idioma.

Variações da língua espanhola

Trata-se, nesse sentido, de uma questão histórica. Seu uso também é frequente no norte da Espanha. Já no restante do país, na região de Andaluzia, nas Ilhas Canárias, no Caribe e México, usa-se mais o termo espanhol.

Da mesma maneira como o português falado por brasileiros possui variações quanto ao português de Portugal, também existem inúmeras peculiaridades quanto à língua espanhola.

Vejamos como exemplo a palavra ônibus: na Espanha, chama-se autobús, no México camión, na Colômbia bus e na Argentina colectivo.

No entanto, essas pequenas diferenças lexicais não são fortes o suficiente para fazer com que essas variantes deem origem a um novo idioma.

Portanto, apesar de a língua espanhola ser utilizada em regiões tão distantes e diferentes entre si, a ortografia e as regras gramaticais garantem a integridade da língua.

Cabe ressaltar que as Academias de Língua Espanhola preservam essa unidade e a Espanha implementou o primeiro método unitário de ensino do espanhol, expandido a todo o mundo pelo Instituto Cervantes.

O espanhol e a tradução

Apesar de todas as diferenças, dialetos e peculiaridades do espanhol apresentadas neste artigo, os países nativos no idioma se comunicam muito bem entre si, sem qualquer tipo de barreira ou problema.

É uma língua muito importante no cenário atual e cada vez mais brasileiros têm interesse em aprendê-la, pois isso lhes trará grandes vantagens tanto na vida profissional quanto pessoal no contexto globalizado em que vivemos.

Vale ressaltar, no entanto, que apesar de todas essas diferenças, quando o assunto é TRADUÇÃO de documentos para a língua espanhola, é preciso que o tradutor respeite as normas da língua.

No entanto, é importante que o tradutor saiba o país em que aquela tradução será veiculada, a fim de adaptar certas expressões idiomáticas ou gírias, caso existam, adequando-as ao contexto regional, a fim de que os receptores entendam plenamente a mensagem e tenham sua identidade propriamente representada.

Qual sua experiência com a língua espanhola?

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Equipe FluencyGo:

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